6 dicas para cuidar da imunidade em tempos de pandemia
Em tempos de pandemia, fortalecer as defesas naturais do organismo nunca foi tão importante. Estar com a imunidade do corpo elevada deixa a pessoa menos vulnerável e mais resistente a doenças, como gripes e resfriados.
Mas para que o organismo consiga responder melhor aos invasores, as defesas do corpo precisam receber manutenção adequada e permanente – não somente durante o período da doença. Isso ajuda para que os resultados a longo prazo sejam efetivos. A imunidade, portanto, é o mecanismo que o corpo humano possui para se defender de invasores externos, como vírus, bactérias e parasitas.
O sistema imunológico é o que garante proteção ao organismo, servindo de barreira contra substâncias estranhas e indesejáveis que afetam a saúde de forma negativa. Trata-se, portanto, de um sistema complexo que envolve uma série de células, tecidos, órgãos e moléculas que, em conjunto, formam uma grande barreira de proteção. Ele também é capaz de diferenciar as células do próprio corpo daquelas que são invasoras. Assim, quando um microorganismo, como a Covid-19, invade o corpo e o deixa doente, o sistema imunológico entra em ação para protegê-lo e curá-lo.
Na prática, é como se ele fizesse uma limpeza do organismo, retirando as células mortas e renovando outras.
O que fazer para aumentar a imunidade?
A capacidade de proteção do organismo contra agentes infecciosos é chamada de imunidade. Quando a imunidade do organismo está baixa, o corpo dá alguns sinais. Sentir febres e calafrios ou cansaço excessivo, por exemplo, podem ser alguns pontos de alerta. Para que o organismo consiga responder bem aos agentes infecciosos, o sistema imunológico deve estar preparado para proteger o corpo dessas agressões. Por isso, é preciso manter hábitos saudáveis e evitar coisas que causam danos ao corpo.
Veja 6 dicas de como reforçar a imunidade do organismo de forma simples e barata.
1. Pratique exercícios físicos
Manter uma rotina de exercícios físicos é bom para a saúde como um todo – inclusive para a imunidade. Eles reduzem o estresse, aumentam a produção de anticorpos no organismo, fortalecem a saúde física e, em tempos de isolamento social, auxiliam a saúde mental.
Para isso, basta, por exemplo, movimentar-se de alguma forma: subindo e descendo escadas, dançando ou pulando corda. Até mesmo as tarefas domésticas podem contribuir para isso: varrer a casa, lavar o banheiro ou dar uma caminhada pela rua. Num cenário de isolamento social, o mais recomendado é usar o espaço dentro de casa para exercitar-se. As opções são inúmeras: realizar atividades funcionais, como abdominais e polichinelos, acompanhar as aulas de profissionais da educação física que têm disponibilizado vídeos de graça na internet, ou, então, assistir tutoriais de dança e imitar os movimentos.
Por outro lado, se você preferir sair de casa para realizar algumas atividades em espaços abertos, como ruas e praças, por exemplo, lembre-se de não ficar em grupos, nem promover interação social.
2. Alimente-se bem com comida de verdade
A alimentação é o principal fator na construção da imunidade. Isso porque as células que compõem o sistema imunológico costumam estar em constante renovação e o que ajuda nesse processo é justamente o consumo de alguns nutrientes, como vitaminas, minerais, proteínas e carboidratos. Por isso, ter uma alimentação saudável é indispensável para dar ao corpo os nutrientes que ele precisa para funcionar e manter a imunidade em dia.
No entanto, é importante lembrar: não existe um alimento ou suplemento capaz de combater ou curar a Covid-19. O que existe é que alguns nutrientes ajudam a fortalecer a imunidade e, com isso combater infecções, mas não impedir a contaminação em si. Assim, se estiver bem nutrido, ele terá mais força para enfrentar os invasores.
O zinco e a vitamina C, por exemplo, exercem ação antiviral e podem ser encontrados em alimentos como castanhas, cereais integrais, e frutas – principalmente laranja, abacaxi, limão e bergamota. Além disso, alguns temperos também podem ajudar no aumento da imunidade, como a cúrcuma e o açafrão da terra, por exemplo, que possuem ação anti-inflamatória, antioxidante e antibacteriana. A cebola, o alho, o gengibre e o própolis, também possuem essa função e ajudam a aumentar as defesas do corpo.
3. Evite exageros e reduza o consumo de alimentos industrializados
Que o consumo excessivo de alimentos gordurosos, de açúcar e de comidas congeladas, como pizzas e lasanhas, faz mal para o organismo, não é novidade. Mas que eles também afetam a imunidade, nem todo mundo sabe.
Isso acontece porque tais alimentos costumam ser cheios de conservantes, que colaboram para o surgimento de doenças crônicas graves como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares, hipertensão e obesidade. Doenças assim entram na classe dos imunossuprimidos, já que o corpo luta de forma constante contra uma ameaça interna permanente. Assim, sem a proteção necessária, acaba ficando vulnerável a mais infecções.
4. Tome sol todos os dias
O sol é a principal fonte de vitamina D, fundamental para a saúde dos ossos e das defesas do sistema imunológico. A vitamina D tem importante atuação na regulação da imunidade e na absorção do cálcio que auxilia no crescimento e fortalecimento dos ossos. A deficiência desse nutriente pode levar a problemas musculoesqueléticos, como raquitismo e osteoporose e aumentar a ocorrência de infecções.
Aproximadamente 80% da necessidade diária dessa vitamina pode ser adquirida pela exposição diária ao sol. Por isso, para que o organismo consiga produzir vitamina D, o ideal é tomar sol todos os dias, sem filtro solar, por pelo menos 20 minutos no horário de pico, entre 12h e 14h, que é o período em que a luz solar produz mais vitamina D.
5. Cuide do sono
Noites mal dormidas ou poucas horas de sono comprometem o sistema imunológico. O sono irregular aumenta o cansaço e o nível de estresse, o que reduz a capacidade que o organismo tem de produzir defesa.
O contrário, porém, ajuda na renovação das células e mantém o equilíbrio geral do organismo e dos hormônios, responsáveis por prevenir doenças infecciosas. Dormir bem significa descansar de sete a oito horas por noite. Para ajudar nesse processo, procure dormir sempre no mesmo horário e evite ingerir bebidas ou alimentos que possuem cafeína à noite. O ideal é que a última refeição tenha sido feita três horas antes de se deitar.
6. Beba água regularmente
A hidratação é fundamental para o organismo. Ela ajuda a regular a temperatura corporal e o funcionamento dos órgãos e também das células, principalmente aquelas que fazem a defesa contra invasores infecciosos. O consumo de água também é capaz de eliminar toxinas, ajudar na lubrificação de mucosas e agir como veículo de transporte dos nutrientes.
Por isso, o ideal é não esperar sentir sede para beber água. O corpo precisa de, no mínimo, beber dois litros por dia para se manter hidratado e conseguir realizar suas funções. Chás, sucos e leites vegetais não entram nessa conta. Afinal, além do líquido, eles também são formados por açúcares e calorias.
Os chás naturais, no entanto, podem servir de complemento para fortalecer a imunidade. Antioxidantes, como verde, hibisco, romã, gengibre, cúrcuma e maçã com canela, melhoram o metabolismo e auxiliam na defesa do organismo como um todo. Ainda assim, é importante lembrar: eles são apenas um complemento e não substituem o consumo de água.
Como é possível perceber, fortalecer a imunidade do corpo não é tão difícil quanto parece. Depende apenas de manter bons hábitos dia após dia – que, no fim das contas, não colaboram só para o reforço do sistema imunológico, mas também para toda a saúde física e mental.